TERAPIA – O MOMENTO ATUAL
TERAPIA - O MOMENTO ATUAL
Parece que se abre uma lacuna no tempo, onde ficamos atônitos tentando compreender o que está acontecendo. Sugere algo irreal, uma fantasia, um pesadelo. Buscamos referências, porém parece que estamos pisando em superfícies flutuantes que não confiamos, existe algo muito confuso, parece que estamos olhando através de uma cortina.
Vários sentimentos, velhos conhecidos, nos afloram à consciência: o medo, insegurança, a sensação de estar desprotegido, de ser incapaz, a raiva, a sensação de superioridade diante da situação, até mesmo diante do outro, beirando a arrogância e a prepotência, mesclada com o sentimento de inferioridade; parece uma viagem pelos períodos de nossa infância e adolescência onde repetimos ou ainda conservamos o velho padrão de colocarmos a responsabilidade de nossos atos e decisões nas mãos de outros, na tentativa de isentarmos em assumi-la no processo de crescimento. Esse padrão infantil é muitas vezes alimentado pelo núcleo familiar ou pelo grupo social, podendo ser uma cultura de grupo.
O sentimento de medo, fruto do fenômeno psíquico “luta X fuga”, dependendo de sua intensidade e de como nos relacionamos com ele, tem sido o instrumento de resistência ao nosso desenvolvimento humano. Esse sentimento nos faz lançar mão de muitas estratégias de defesa para termos a sensação de nossa superioridade, seja intelectual, material ou psíquica, na tentativa de escondermos para a sociedade ou para nós mesmos o sentimento de fragilidade.
Ao desenvolvermos “personagens psíquicos” como instrumentos de defesa frente às ameaças, criamos fantasias sociais idealizadas, onde acreditamos que com elas poderemos furtar de nossas responsabilidades, conferindo ao “outro” (amigo, figuras de poder: autoridades, Deus, extraterrestres, etc.)o papel de resolvê-las , evitando assim sentirmos os efeitos dos fenômenos decorrentes de nosso crescimento.
Temos medo dos enfrentamentos, parece que ainda nos perseguem as fantasias infantis como: assombrações, mulher de branco, o homem do saco, entre tantas outras; fugimos sempre criando argumentos e situações que nos desvie dessa responsabilidade, muitas vezes representando o papel de vítimas, caracterizado na figura do “coitadinho” de mim ou do juiz implacável, que constantemente julga no outro o que recusa ver em si mesmo.
Esse momento que estamos atravessando, nos faz parar para vivenciar algo que muitos ainda não experienciaram, salvo em algum período de enfermidades, tratamento e convalescência por determinado tempo, porém não aconteceu de forma tão ampla com a humanidade inteira do planeta. Essa situação me faz refletir na minha necessidade e de cada um de nós, buscarmos através de questionamentos, conhecer verdadeiramente “quem realmente somos” ou “o que realmente somos”? Quais são os nossos objetivos e nossos propósitos nesta existência? Como eu posso contribuir para tornar esse mundo melhor? Esse mundo faz referência não somente ao mundo externo “concreto”, objetivo, mas também ao mundo interno subjetivo, onde reside nossa historia mesclada de recordações e memórias afetivas, referente a personagens e acontecimentos recentes ou remotos, os quais interferem em nossa atuação nesse mundo exterior “concreto”.
Como tem sido a minha postura e atuação até este momento nessa caminhada? O que posso fazer para me tornar um ser humano melhor? Qual o significado do outro para mim?
Carlos Roberto Batalha Victório
Psicólogo e psicoterapeuta CRP13-9141/PB
Parece que se abre uma lacuna no tempo, onde ficamos atônitos tentando compreender o que está acontecendo. Sugere algo irreal, uma fantasia, um pesadelo. Buscamos referências, porém parece que estamos pisando em superfícies flutuantes que não confiamos, existe algo muito confuso, parece que estamos olhando através de uma cortina.
Vários sentimentos, velhos conhecidos, nos afloram à consciência: o medo, insegurança, a sensação de estar desprotegido, de ser incapaz, a raiva, a sensação de superioridade diante da situação, até mesmo diante do outro, beirando a arrogância e a prepotência, mesclada com o sentimento de inferioridade; parece uma viagem pelos períodos de nossa infância e adolescência onde repetimos ou ainda conservamos o velho padrão de colocarmos a responsabilidade de nossos atos e decisões nas mãos de outros, na tentativa de isentarmos em assumi-la no processo de crescimento. Esse padrão infantil é muitas vezes alimentado pelo núcleo familiar ou pelo grupo social, podendo ser uma cultura de grupo.
O sentimento de medo, fruto do fenômeno psíquico “luta X fuga”, dependendo de sua intensidade e de como nos relacionamos com ele, tem sido o instrumento de resistência ao nosso desenvolvimento humano. Esse sentimento nos faz lançar mão de muitas estratégias de defesa para termos a sensação de nossa superioridade, seja intelectual, material ou psíquica, na tentativa de escondermos para a sociedade ou para nós mesmos o sentimento de fragilidade.
Ao desenvolvermos “personagens psíquicos” como instrumentos de defesa frente às ameaças, criamos fantasias sociais idealizadas, onde acreditamos que com elas poderemos furtar de nossas responsabilidades, conferindo ao “outro” (amigo, figuras de poder: autoridades, Deus, extraterrestres, etc.)o papel de resolvê-las , evitando assim sentirmos os efeitos dos fenômenos decorrentes de nosso crescimento.
Temos medo dos enfrentamentos, parece que ainda nos perseguem as fantasias infantis como: assombrações, mulher de branco, o homem do saco, entre tantas outras; fugimos sempre criando argumentos e situações que nos desvie dessa responsabilidade, muitas vezes representando o papel de vítimas, caracterizado na figura do “coitadinho” de mim ou do juiz implacável, que constantemente julga no outro o que recusa ver em si mesmo.
Esse momento que estamos atravessando, nos faz parar para vivenciar algo que muitos ainda não experienciaram, salvo em algum período de enfermidades, tratamento e convalescência por determinado tempo, porém não aconteceu de forma tão ampla com a humanidade inteira do planeta. Essa situação me faz refletir na minha necessidade e de cada um de nós, buscarmos através de questionamentos, conhecer verdadeiramente “quem realmente somos” ou “o que realmente somos”? Quais são os nossos objetivos e nossos propósitos nesta existência? Como eu posso contribuir para tornar esse mundo melhor? Esse mundo faz referência não somente ao mundo externo “concreto”, objetivo, mas também ao mundo interno subjetivo, onde reside nossa historia mesclada de recordações e memórias afetivas, referente a personagens e acontecimentos recentes ou remotos, os quais interferem em nossa atuação nesse mundo exterior “concreto”.
Como tem sido a minha postura e atuação até este momento nessa caminhada? O que posso fazer para me tornar um ser humano melhor? Qual o significado do outro para mim?
Carlos Roberto Batalha Victório
Psicólogo e psicoterapeuta CRP13-9141/PB